segunda-feira, 30 de novembro de 2009


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O mais forte alicerce que tem neste mundo.
Eu sou da Bahia de são Salvador.
Marinheiro só.
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Expedir pedidos de socorro.


Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê.


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Para sempre meu, Caio F.

domingo, 29 de novembro de 2009

Alem mar

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"Você é meu caminho
Meu vinho,
meu vício Desde o início
estava você
Meu bálsamo benígno Meu signo,
meu guru porto seguro onde eu voltei
Meu mar e minha mãe Meu medo e meu champagne Visão do espaço sideral
Onde o que eu sou se afoga
Meu fumo e minha ioga
Você é minha droga
Paixão e carnaval
Meu zem, meu bem, meu mal"
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* Garota Perdida e Peter Pan na terra do sol.

sábado, 14 de novembro de 2009


"Parece-me agora, tanto tempo depois, que as partidas-dolorosas, as amargas separações, as perdas-irreparáveis costumam lavrar assim o rosto dos que ficam."
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Farrapos de versos de Jim Morrison



“Não consigo ver mais que isso: essa é a lembrança. Além dela, nós conversamos durante muito tempo na chuva, até que ela parasse, e quando ela parou, você foi embora. Além disso, não consigo lembrar mais nada, embora tente desesperadamente acrescentar mais um detalhe, mas sei perfeitamente quando uma lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação. Talvez se eu contasse a alguém acrescentasse ou valorizasse algum detalhe, assim como quem escreve uma história e procura ser interessante - seria bonito dizer, por exemplo, que eu sequei lentamente seus cabelos. Ou que as ruas e as árvores ficaram novas, lavadas depois da chuva. Mas não direi nada a ninguém. E quando penso, não consigo pensar construidamente, acho que ninguém consegue. Mas nada disso tem nenhuma importância, o que eu queria te dizer é que chegando na janela, há pouco, vi a chuva caindo e, atrás da chuva, difusamente, uma roda-gigante. E que então pensei numas tardes em que você sempre vinha, e numa tarde em especial, não sei quanto tempo faz, e que depois de pensar nessa tarde e nessa chuva e nessa roda-gigante, uma frase ficou rodando nítida e quase dura no meu pensamento. Qualquer coisa assim: depois daquela nossa conversa - depois daquela nossa conversa na chuva, você nunca mais me procurou.”


Caio F.
_ Primeiro post meio tímido.